Mamãe volta ao trabalho

"Mamãe volta ao trabalho"

Esta frase nem precisaria de complemento...toda mamãe sente falta de ar, aperto no peito e lágrimas surgem nos olhos.

A preocupação maior, é: como fazer essa transição sem tanto sofrimento para mamãe e bebê?

Ficamos meses em casa, cuidando apenas do nosso bebê, curtindo cada gracinha, sorriso, dormindo pouco [ou quase nada] e vivendo uma vida diferente da que vivíamos antes da chegada do pequeno, até que temos que voltar à dura realidade...

Não é incomum que algumas mamães prefiram trabalhar em casa, ou deixar de trabalhar para cuidar da criação dos filhos, logo que o primeiro nasce, mas para outras, essas opções não existem e entramos num ciclo de angústia, medo, tristeza, saudade...tudo misturado e dolorido.

Sou uma mamãe trabalhadora e sei exatamente como vocês se sentem. Ainda sinto muita saudade do pitico e choro no caminho para o trabalho...me pego sorrindo quando me lembro de alguma gracinha e...na sequencia, choro novamente, de saudade.

Algumas sugestões que podem deixar a transição menos dolorida:

- Criar uma rotina que seja prática para você e seu bebê [os demais - como o papai - deverão se ajustar a ela. Não estou sendo tirana, mas prática: bebê precisa de mãe e vice-versa. O papai ajuda bastante, mas a rotina deve sempre favorecer o bebê e a mamãe]
- Encontrar um lugar seguro e confiável para deixar seu bebê durante sua ausência [caso contrário, vc não conseguirá pensar em outra coisa durante o dia]

- Iniciar a fase de transição com, pelo menos, 2 meses de antecedência, para evitar sofrimento para o bebê
- Descobrir formas de passar mais tempo com o pequeno, quando estiver em casa

- Usar ferramentas tecnológicas [possíveis] p/ ver e ouvir seu bebê durante o dia, nem que seja trocando SMS com a babá, ou a tia do berçário
- Comprar uma boa bomba elétrica, caso você não esteja oferecendo fórmulas
- Treinar ficar longe do bebê aos poucos...com pequenas saídas durante o dia, até que você e ele consigam ficar bem, mesmo distantes o dia todo

Com meu pequeno fiz exatamente o que citei acima e tem dado certo.
É claro que, tudo leva tempo, então ele chora mais durante o dia, quer colo quando chego do trabalho, mama muito mais do que o normal [no peito], fez greve de fome por 1 semana, ficou doentinho...etc.

Hoje, superamos parte dos problemas e novos comportamentos estão surgindo.
Coração de mãe é tudo igual...sempre estaremos preocupadas, achando que ninguém cuida como nós, mas a verdade é que nós sentimos mais falta deles do que eles de nós. =-/ [pausa p/ chorar]

Percebi que meu pitico fica bem, mesmo quando não estou.
Isso tudo é fruto do trabalho que foi iniciado há 2 meses atrás...
Ele tem confiança, afeto, carinho...da cuidadora. [Ciúmes? Sim...muito, mas é a vida, amiga!]

No trabalho, tente administrar melhor seus horários e negociar uma saída mais cedo, ou algo de tipo, para aproveitar mais o final do dia com seu bebê. Vale a pena e recarrega as baterias.

Não se culpe, não se arrependa de sua escolha.
Filhos crescem e logo nem sentirão tanto a nossa falta e, se abrirmos mão daquilo que batalhamos tanto para conseguir - nosso trabalho - um dia, podemos jogar nossas frustrações sobre nossa família, sem que eles tenham qualquer culpa.

Seja feliz. Você vai ver que, aos poucos, você voltará a se sentir capaz, bonita, inteligente e o maridão vai amar ter uma mulher linda, cheirosa, inteligente e batalhadora, que ainda cuida da família.
Não é fácil...é trabalho para mulher-maravilha, mas é o que temos p/ hoje, por assim dizer.
No final, vale a pena! O saldo será positivo! Teremos filhos orgulhosos de nós...acreditem!

Não precisa trocar a cia deles pelo trabalho, NUNCA, jamais.
Tive uma mãe trabalhadora, que me carregava - junto com meu irmão - para filmagens, agências, eventos, jantares de negócios e assim vai... Pretendo fazer o mesmo com o JP. Sem medo de ser feliz!

Não sei se comentei, mas viajamos para Buenos Aires no mês de Maio e levamos nosso pequeno, que ainda estava com 3 meses. [Sugestão: evite deixar o bebê no carrinho, enquanto estiver em aeroportos, rodoviárias e locais de grande fluxo de pessoas. O melhor é colo, sling...qualquer coisa que o mantenha pertinho de você, em segurança. Levar carrinho é ótimo, mas use na hora certa. Qua;quer distração é perigosa!]

Foi ótimo, dormimos bem, comemos bem, passeamos...em família!

Adaptar os passeios aos novos integrantes da família é a melhor coisa.
Nada de deixar sempre na casa da vovó! Elas são ótimas, eles adoram, mas só quando for para namorar! Sim, namorar é preciso. Somos mães, mas somos esposas, namoradas, mulheres...

Viva feliz os pequenos momentos, pois o tempo voa e em breve seu pequeno estará grande e saindo de casa [pausa p/ chorar de novo]. Assim é a vida...

Criamos nossos filhos para o mundo. Se plantarmos a semente correta, o fruto será maravilhoso!

Bjs e boa sorte para nós!