Surpresa! [Baby #3]
[Este seria o título da publicação de Outubro/2017, mas já estamos em Março/2018 e só consegui finalizar HOJE!]
Oi pessoal! Como estão?
Pensei bastante antes de escrever esse texto, mas como a ansiedade em compartilhar o acontecimento era maior que o desejo de postar algo bonitinho, vamos em frente com o que temos para hoje! Sim! Tem pão! Mais pão! [O pão já nasceu e se chama Guilherme! Está com 24 dias! Um amorzinho!]
Bom...imaginem a minha surpresa, medo, pânico, desespero ao descobrir que teríamos mais 1 bebê em casa, pouco mais de 1 ano do nascimento da Giovanna, nosso furacão cor-de-rosa?!

Eu havia ficado na mesma empresa por quase 10 anos e sabia que uma mudança seria realmente desafiadora, já que a ideia era aceitar um desafio na maior empresa de SVA do país para trabalhar loucamente, focada, sair tarde, chegar cedo, pensar só em trabalho e, curtir a nova fase da vida, onde o foco seria no desenvolvimento da minha carreira.
[Tudo ia bem, até desabar a chorar durante uma reunião pesada, com a nova chefe...]
Naquele dia, terminei a reunião tarde, fui tomar um café / janta na empresa, antes de seguir meu longo caminho até a minha casa, já cansada e chateada por ter desabado num momento tão importante, quando, fuçando no celular, cliquei no App de controle do ciclo menstrual e PÁ!
Cadê a menstruação que deveria ter vindo há 2 semanas?! Sim, minha gente: 2 semanas!
Não me julguem! Eu estava num momento complicado na empresa, amamentando a Gigi na madrugada, dormindo pouco e trabalhando muito...nem lembrei que existia ciclo menstrual nessa vida!
Gelei, mas pensei: Pára de ser louca, Mylena! Você amamenta e pode ser que ainda esteja super desregulada! [Havia 4 meses que eu havia voltado a menstruar!]
Na dúvida, virginiana que sou, passei na farmácia e comprei 2 testes [pq nunca confiei em 1 único teste para nada!]. Cheguei em casa, marido estava trabalhando, filhos dormindo e tudo em perfeita ordem.
Fiz o teste e deu POSITIVO, é claro...senão não existiria este post, né migos?

Fiquei surtada por 1 mês!
Não contamos para ninguém! Nem para as avós!
Me sentia uma coelha! Como uma mulher madura, com 2 filhos, engravida assim sem planejamento?!
Marquei consulta com meu médico e lá fui eu!
Gravidez confirmada, exames feitos, era hora de contar na empresa.
Cheguei, contei primeiro ao RH, expliquei toda a situação e, na sequência, contei para a minha chefe, que ficou aliviada por entender, finalmente, o motivo do meu choro naquela reunião fatídica!
Ufa! Quem precisava saber, já estava sabendo...eu não contaria ao restante da equipe até passar das 14 semanas, MAS, os enjôos foram mais fortes do que eu e a galera percebeu que havia algo no ar.
Contei, todos comemoraram e ficou tudo bem! Por incrível que pareça, pelo menos na minha frente, não houve nenhum comentário ruim, ou piadinha. Acho que só eu mesma estava me condenando.
Levei quase 6 meses para deixar de me cobrar e realmente lidar bem com a ideia de que seria mãe novamente.
[Gente, um parênteses: na cesárea da Gigi, fiquei prestando atenção em tudo, pois aquilo seria uma despedida da fase fértil da minha vida! Eu decorei cada detalhe! me dediquei a isso! Era muito difícil pensar que eu viveria tudo de novo...rs]
Por volta do 7º mês, descobrimos que a gravidez que parecia tranquila, não estava tão tranquila assim.
O Gui estava com crescimento restrito [percentil abaixo de 10] e eu começava com uma séria trombofilia, que não era assim tão nova, mas que os remédios não estavam conseguindo controlar como das outras vezes. Deve ser a idade, né?!
Meu médico teve que me afastar por alguns dias, até que o percentil do Guilherme subisse, tive que comer TUDO quanto era comida calórica [fiz a dieta da Lua, literalmente!] e muito repouso, para não gastar calorias, já que a situação era delicada.
O Gui melhorou e fomos liberados para voltar ao trabalho!
Voltamos com gás total após o período de descanso e os projetos estavam indo super bem! Tudo parecia estar voltando ao lugar certo...
Cerca de 20 dias depois, a trombofilia piorou e os coágulos dispararam! Surgiu uma forte anemia, havia perdido 1kg e o Gui voltado a estar abaixo da linha de risco no percentil. A essa altura, ele estava com entre 4 e 5 no percentil. [O percentil "ideal' é 50, só para que vocês tenham uma referência]
Durante uma consulta, o médico pediu um cardiotoco para ver a vitalidade do bebê e descobrimos que o ritmo cardíaco dele estava muito mais baixo que o normal e sem variação. O médico cutucou, virou, revirou, tocou buzina e nenhuma alteração.
Ele suava, mas não dizia nada. Olhava para a assistente e ambos respiravam fundo, ela entrava e saía da sala, entregava bilhetes para ele e nada do ritmo mudar. Eu já estava acostumada a escutar o coração dos bebês e, mesmo leiga, notei que estava baixo.
Nunca tinha visto meu médico tão nervoso num exame! Ele fez 3x o cardiotoco para ter certeza do que estava acontecendo. No 1º e 2º, o batimento do Guilherme estava em 113, sem variação, o que pode indicar sofrimento fetal e, depois de muito chocolate quente e de me virarem até do avesso, no 3º exame, o ritmo subia e caia, mas pelo menos variava! Foi um alívio! Eu já estava cercada de médicos, as meninas da clínica foram me distrair durante o exame, mas eu via nos olhos do meu médico que algo não estava bem.
Ele chegou a ligar na maternidade e pedir uma sala, ligou para a assistente e ficamos todos tensos! Eu estava sozinha, dirigindo, sem malas no carro, nada! Só pedia a Deus para que aquele não fosse o dia do meu bebê nascer. Ele ainda era muito pequeno e passaria por momentos muito difíceis se nascesse naquela hora.
Combinei com meu médico que seguiria todo o tratamento à risca e ele me liberou, permitindo que eu fizesse exames a cada 48h, para monitorarmos o bebê.
Passamos cerca de 12 semanas de monitoramento intensivo, com cardiotoco, US morfológico e fetal a cada 2 dias, injeções doloridas, muitas lágrimas, comida e comemoração a cada nova semana completa!
A essa altura, eu já nem me preocupava com a empresa...não tinha como pensar nisso, sabendo que o estresse comum da profissão poderia ser o motivo de todo o meu quadro que poderia prejudicar meu bebê de forma tão séria.
Acabei tendo que entrar de licença antes do nascimento, pois tantos afastamentos seguidos já não eram permitidos e participava somente de reuniões importantes, de projetos que estavam comigo.
Chegamos às sonhadas 39 semanas e nosso Guilherme nasceu naquela 6f linda, às 07h15 da manhã.
Ao escutar seu choro, desabei em lágrimas. Soluçava de tanto chorar. Chorava e olhava para ele, beijava, beijava e beijava, sem parar. Era nossa grande vitória! A vitória da mamãe que, por motivo de força maior, acabou tendo que pisar no freio e cuidar daquele bebezinho e, principalmente, a vitória do meu pequeno guerreiro, que seguiu firme, acreditando que tudo daria certo.
Choramos juntos! Ele por medo e por não entender pq estava sendo retirado do lugar mais seguro que ele conhecia na vida e eu por ver que o amor é capaz de surgir e transbordar de imediato, assim que um choro é ouvido.
Hoje, não sei o que seria de mim, sem meus 3 filhos.
Saio com 1 e sinto falta dos outros 2, ou eles dormem e quero agarrá-los, cheirá-los e abraçá-los para que não cresçam.
Meu pequeno Guilherme ainda requer alguns cuidados, dado todo o quadro do final da gestação, mas para surpresa de todos, chegou mamando melhor que os irmãos, engordou super bem e está saudável e feliz. É um bebê tranquilo, bonzinho e muito desejado.

Nossa Gigi está passando por uma fase difícil [terrible twos + bebê novo em casa], mas acreditamos que logo isso deve passar.
Tenho me esforçado para passar algum tempo de qualidade com ela, brincar e mostrar que ela continua sendo muito importante para nós, assim como o João Pedro, que já não se liga muito nessas coisas!
Tenho me esforçado para passar algum tempo de qualidade com ela, brincar e mostrar que ela continua sendo muito importante para nós, assim como o João Pedro, que já não se liga muito nessas coisas!
Enfim, amigos...o que levo desse relato para a minha vida é: Deus realmente sabe o que faz e tem planos maravilhosos, mesmo quando achamos que não. Uma gestação que começou com muito pânico, terminou da forma mais linda possível. Estou triplamente apaixonada e triplamente ocupada, mas tão realizada que nem sei descrever.
Como dizem: Coração de mãe sempre cabe mais um!
Ah...antes que alguém pergunte: o Gui foi o útlimo, mesmo. Agora a fábrica fechou as portas e aceitamos netinhos e bichinhos de estimação, somente! <3
Beijos no coração de todos!
Espero conseguir escrever com um pouco mais de frequência!
Ownnn My, muito lindo!!! Chorei aqui!!! Parabéns pela família linda. Realmente eles são tudo nas nossas vidas.❤
ResponderExcluirTambém tenho 2 filhotes lindos que são o ar que respiro.😍😍
Beijos a vocês e felicidades!😘😘