Minimizando o impacto - para o mais velho - com a chegada do bebê...


Oi meninas!

Vida de grávida e mãe não é fácil, né?
Penso em mil coisas para vir compartilhar com vocês durante o dia, mas quase nunca consigo uns minutinhos de paz para escrever...sei que vocês me entendem!

Bom, os últimos meses, quando a barriga realmente começou a ficar visível, foram dedicados a manter meu JP no centro das atividades da casa, da família, sem deixar que muita coisa mudasse na rotina dele, ou que os impactos fossem os menores possíveis.

Desde as férias de Julho, temos dedicado finais de semana com atividades mais familiares e o papai tem se esforçado para chegar em casa com disposição para brincar de carrinho, lutinha e coisas de menino.


Já tínhamos uma viagem programada para Outubro, por ser o mês do nosso aniversário de casamento (11 anos) e como acabamos engravidando, a viagem também acabou servindo para curtir uma boa despedida de filho único para o João, além de garantir parte do enxoval da Gigi.

A cabeça das crianças funciona de uma forma muito diferente da cabeça do adulto e como meu filho ainda é quase um bebê, estávamos preocupados com o que ele poderia pensar, já que sempre teve tudo só para ele, toda a atenção, compras de Natal, brinquedos, quarto...rs

O João é muito carinhoso e gentil. Não por ser meu filho, mas ele é bonzinho, amoroso e organizado, o que ajuda muito nesta fase de mudança, mas não impede que algumas crises aconteçam, é claro! O.o

Ele sempre pergunta quanto tempo falta para a irmã nascer e tem muito carinho por ela.

Foi ele quem escolheu o nome Giovanna, por ser o nome de sua melhor amiga na escola e acabamos permitindo, para facilitar o entendimento dele de que uma irmã é um belo presente para toda a família e que ele faz parte disso.

Moramos num apartamento pequeno, de 2 dormitórios, e as crianças dividirão o quarto, assim como os espaços de brinquedos, o que nos causou ainda mais preocupação no início...mas aí (rs), lembramos que nós mesmos crescemos assim! Dividindo espaço, festas, broncas e tudo deu super certo.

Deixamos o medo do "e agora, como vamos ensiná-lo a dividir, sem que ele sofra?" e passamos a aproveitar cada pequena etapa, dividindo as mudanças para que tudo aconteça de forma gradual.


Outro ponto que nos preocupou, desde sempre, foi a escola.
Se você é pai/mãe, sabe que o que mais pesa nas contas da casa é, justamente, a escola das crianças e, como nosso pequeno estuda numa escola super bacana, não queríamos trocá-lo de escola tão cedo.

Conversando com alguns amigos que diziam não querer aumentar a família por achar injusto com o filho mais velho, pois isso os privaria de milhares de coisas, entendemos que nossa opinião e objetivo era totalmente diferente e que, para nós, um irmão era a melhor coisa que uma criança poderia ter...independente do que isso signifique em termos financeiros como escola, viagens etc.

Fizemos as contas e conseguimos encaixar, milagrosamente, a escola do João Pedro e a babá da Giovanna, pelo tempo necessário.
É claro que foi necessário mudar o horário, de integral para estendido, além de contar com uma maior colaboração da vovó e dos amigos, mas nada disso nos fez pensar em desistir.

Sabíamos que queríamos um irmão para o JP e que isso seria algo bom! Um tesouro para a vida toda!

Hoje, com quase 30 semanas de gestação, pesada e cansada, cheia de encomendas para a chegada da Giovanna e aniversário de 3 anos do João Pedro, me pego pensando em como será tudo isso...se as contas que fizemos não estavam otimistas demais, ou pessimistas demais...se vamos conseguir fazer algumas coisas que fizemos para o JP, quando a Gigi nascer, mas querem saber?

NÃO TEMOS QUE FAZER IGUAL! FILHOS NÃO SÃO IGUAIS!


Então...pq passar pelas mesmas experiências, da mesma forma, a vida toda?

Isso cria uma expectativa para ambos os lados - pais e filhos - além de tornar algo que deveria ser bom, em "obrigação" e quando esse termo entra na brincadeira, não há quem resista a um momento de estresse, discussões e problemas que nós não queremos em nosso meio.

Decidimos apenas viver, sendo felizes e aproveitando os momentos enquanto eles estão acontecendo.

Se a Gigi vai estudar na mesma escola que o irmão? Não fazemos idéia... O plano é esse, mas se algo mudar, não será o fim do mundo! Se o JP vai fazer natação, alemão, música e futebol aos 5 anos? Só Deus sabe!

Só o que podemos garantir, neste momento, é amá-los e fazermos o melhor para eles, dentro daquilo que nos for possível.


Sim! Pais fazem esforços além do permitido, pela felicidade dos filhos, mas tudo dentro de uma certa noção de realidade...nada de criar "monstrinhos" que irão nos engolir no futuro, certo? (rsrs)

O enxoval do João Pedro foi muito maior do que o da Giovanna, mas em contrapartida, a mamãe não conseguiu participar - fisicamente - das compras, por estar em repouso quase a gravidez toda, na 1ª vez e agora, além de participar, ainda fomos todos juntos aos parques da Disney, curtimos bons momentos e fizemos aquilo que nos era possível.

Nosso pequeno grande menino, conta com tanta alegria da viagem, do avião, dos brinquedos, de como conheceu seus personagens favoritos e de como foi legal escolher as coisinhas da Gigi, que já compensa todo o resto! \o/

Bom...mas o que eu quero com esse post?

Quero dizer que é verdade que ter 1 filho é diferente de ter 2, 3, 4...

O amor se multiplica na mesma proporção! O dinheiro pode ou não se multiplicar, né?


Achar que temos que ter condições financeiras para sustentar uma vida de luxo para 1 criança ao invés de dar uma vida feliz a várias crianças, é loucura! Nos escraviza! Tira a alegria de simplesmente ser família.

Quando criamos esse monstrinho, temos que trabalhar mais, correr mais, passar menos tempo com as crianças, nada nos satisfaz e estamos sempre "endividados"...nos esquecendo que, na verdade, quem criou essa escravidão fomos nós mesmos.

Não quero dizer que devemos ser loucos e sair engravidando só para povoar o mundo, sem critérios.

O que estou dizendo é que, para nós, mais importante do que ter carros importados na garagem, apartamentos com 5 banheiros e um filho prodígio, é termos felicidade, amor...plantarmos uma boa semente, num mundo que já está tão egoísta e injusto.

Não condeno aqueles que consideram o "ter" mais importante do que o "ser". Somos livres para escolher, mas assim como naquele filme "Click", ele percebe que sua vida não valeu de nada, apesar dele ter conquistado tudo o que queria, sabendo que não teremos a opção de voltar do início, estamos tentando fazer o certo...pelo menos dentro da nossa visão de certo / errado, antes que seja tarde demais. Não queremos que nossos filhos sintam-se sozinhos e esquecidos...


Investimos muito na educação do João e essa sempre será nossa prioridade, replicada à vida da Giovanna também, mas nada é mais importante do que o amor, o carinho, a presença física...a apresentação de ballet, o jogo de futebol, o teatrinho da escola...

Se você está em dúvida sobre ter + 1 filho ou dar uma vida incrivelmente maravilhosa a 1 único filho, pense nisso...escute outros casais para chegar a uma opinião com seu marido / esposa.


Filhos são maravilhosos! Eles não usarão fraldas, mamadeiras, chupetas para sempre!

Quando eles forem adolescentes, vão devorar as compras do mês em 1 semana, mas e daí?!

Aqui em casa, já colocamos a cômoda da Giovanna no quarto do João Pedro e explicamos que logo será a vez do berço e ele não se importou. Está achando o máximo, apesar de perder um pouco de espaço para os brinquedos...

É isso que importa.

Se vai ser fácil cuidar de 2 crianças? Não tenho dúvidas de que a resposta é NÃO! kkk

O João Pedro vai ter crises de ciúmes, a Giovanna vai acordar de madrugada e eu estarei esgotada no meio disso tudo, tentando não sair correndo pela rua, sem rumo e sem volta!

Mas, de novo eu pergunto: e daí? Isso tudo passa...e logo, a loucura será só uma doce lembrança!

Prefiro arriscar, a nunca saber como teria sido e deixar meu filho sem sobrinhos, sem histórias de irmão para contar!

Me chamem de louca, mas nunca estive tão feliz!

Não é fácil manter o equilíbrio entre a vontade de sair fazendo as coisas do bebê que está chegando e dar atenção ao filho mais velho, mas devagar, chegaremos longe! \o/


Ver meu pequeno cantando para a irmã, na minha barriga, ou procurando os olhos dela através do meu umbigo, não tem preço! É maravilhoso demais viver tudo isso!

Beijos!

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