Meu filho é normal?

Olá, meninas!
Que saudades de falar com vocês!
Espero que estejam todas bem, lindas e gatas! : )

Retomo o blog tratando de um tema um tanto delicado: até que ponto devemos comparar nossos pequenos?

Na sociedade atual, a competitividade é marca registrada desde a primeira infância e alguns pais não sabem como proceder em casos onde seus filhos não se encaixam em nenhum padrão.

Pensamos: O melhor é seguir um padrão ou ser diferente? Ser diferente é ser normal? O que é normal, afinal? Os normais chegam a algum lugar no futuro? Socorro...alguém me ajude?!

Calma! Respire fundo e vamos falar francamente:

1) Na sociedade, desde os primórdios, ser "padrão" é igual a ser "mais do mesmo", como um exército de cópias ambulantes, portanto, relaxe! Não exija padrões de seus filhos.

2) Você já viu algum "normal" mudar o mundo? Pare e pense:

Beethoven

- Albert Einstein era louco e odiado pelas professoras [e repetiu de ano];

- Beethoven era mais pirado que qualquer um, e cantarolava [já surdo] a 9ª sinfonia pela casa, gritando como um louco;

- E o cara da sopa nutritiva que reproduziria a atmosfera do início da vida no planeta? Sopa? Como assim, uma sopa? Deve ser louco, mesmo! [será que essa sopa emagrece? #aloka]

- Moisés era gago! Gago, minha gente...pensem no tempo que ele levava para fazer 1 sermão? [a fonoaudióloga diria que ele era 1 caso perdido...]

- Davi era miudinho e excluído, e tinha certeza de que mataria 1 gigante c/ sua funda! [caso de terapia de choque...com certeza!]

- Steve Jobs era normal, para você? Claro que, não! O cara queria resumir cerca de 14 botões em apenas 1! Como???? O_O

- E o moleque Mark Zuckberg [Facebook]? Nerd!!!! [Olha o bullying...rs] Este se encaixaria na série "The Big Bang Theory", facilmente! O Sheldon é normal, perto dele!

Vejam: O mais normal da lista, afirmou que mataria 1 gigante com 1 pedrinha! Oi? Pensem em quanto foi engraçado para quem estava em volta, quando isso aconteceu? E se fosse seu filho? Você riria com a multidão, ou apoiaria seu modo de resolver o problema? [perguntinha difícil, né?]

3) Você quer que seu filho seja um executivo de sucesso, que desmamou aos 6 meses, dormiu a noite toda com 3 semanas, só porque uma doida [com todo o respeito, mas é doida] escreveu um livro que diz que esse é o padrão de "adestramento" das crianças e que elas devem chorar para entender [aprender com a dor e abandono]? Ah...é muita maluquice, me desculpem.

Não quero que o João seja apenas + 1 no mundo.
Quero que ele pense por si mesmo, que descubra uma forma diferente e mais simples de realizar uma função que todos julgam "padrão", quero que ele questione, que deseje saber a razão de ser assim, e que não aceite como resposta um "porque, sim!".

Vocês que aceitaram [me incluo no time] o "porque, sim", fizeram algo inovador? Duvido...

Somos uma colméia, trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos e não temos tempo de viver, aprender e dar atenção ao que realmente importa! Afinal, só buscamos status através dos bens...
Tem muita gente andando com carro zero e morando de favor! Qual a razão? Status...fruto de uma sociedade que aceita tudo o que lhe é oferecido, como sendo o melhor que se podia fazer, como o "é o que tem pra hoje!". E se você for diferente, não será bem visto.

Aplicando os comentários acima aos nossos pequenos, é bem simples:

- Se seu filho vai andar aos 7 meses ou aos 3 anos, é problema dele. É importante acompanhar, e mostrar que você está alí...com ele. [Se vc continuar pressionando, pode causar um efeito contrário, onde ele deixará de tentar, pq não quer decepcionar ninguém - e aí?]
- Se seu filho é banguela até hoje, com quase 3 anos de idade, e daí? Melhor para ele...vai perder os dentes mais tarde e não precisará de Corega® tão cedo! [rs]

Não compare, não pressione...estenda a mão, ame e deixe que ele seja quem ele quiser ser.

Dar asas à imaginação é muito bom! Deixe que ele descubra o melhor caminho, a melhor forma de fazer algo, dentro das possibilidades dele.

O mundo como conhecemos é passado para eles, concordam?

Estimular da maneira correta é muito válido. Deixar que eles caiam, se levantem, baguncem, arrumem [do jeito deles...pare de criticar, mamãe], se expressem é importante!

Não fique procurando razões para concordar que seu filho é atrasado, que vai dar mais trabalho pq dorme na sua cama, ou que não vai sair das fraldas rápido pq chupa o dedo [oi? já ouvi isso...].

Dica: Quando disserem essas coisas para vocês, sorriam e pensem numa praia linda...pq qualquer resposta para isso, não seria menos do que 1 sapatada.

Não adestre seu filho.

Ensine os limites, o respeito, o amor e o cuidado, através de exemplos que eles entendam.

Sente e brinque com eles. Deixe que sua filha faça suas unhas, faça chá com terra e água...qual o problema?

Melhor do que dar roupas, tablets e terceirizar o amor, a educação, sob a desculpa de que é o padrão a ser seguido.

Segure a mão de seus filhos nas horas dolorosas...respeite o sofrimento deles pela perda de 1 bichinho de pelúcia, ou de 1 borboleta. No mundo deles, isso é mais importante do que o carro, ou a casa.

Enfim...não quero parecer chata, mas vejo muitos pais e mães querendo filhos perfeitos, dentro de um padrão que, de perfeito, não tem nada.

Não sei vocês, mas não quero que o João tenha a mesma vida que eu.
Pode ter a mesma profissão, mas sem ser escravo de um padrão.

Um beijo no coração!
Estou feliz por estar de volta!

E lembrem-se: ser diferente é legal! Acompanhem, mas não enlouqueçam as crianças, comparando-as o tempo todo. Bons líderes não são "padronizados".